Não adianta calar
Nos meios religiosos da Europa está se falando de um assunto sobre o qual até há pouco não se falava em público: pedofilia na Igreja Católica. Falar ainda é melhor do que calar, como recomendam bispos da França e do Reino Unido, que acabam de enviar mensagem a Bento XVI pedindo medidas urgentes contra os "atos abomináveis" que causam "vergonha, fúria e pesar". Não se deve generalizar, eles afirmam, mas também não se pode silenciar. Nessa linha, também o Papa escreveu carta aos fiéis da Irlanda pedindo desculpas pelos "atos pecaminosos e criminosos" cometidos por padres contra mais de 15 mil crianças e adolescentes irlandeses entre os anos 30 e 90. O problema é que surgiram novas denúncias e elas agora atingem o próprio Papa. Segundo o "New York Times", Joseph Ratzinger, quando arcebispo de Munique, omitiu-se no caso de um padre que abusou de 200 crianças de uma escola para surdos nos EUA. Apesar de advertido por um memorando, o então chefe da Congregação para a Doutrina da Fé não tomou providências, o que levou o sacerdote pecador a cometer novos abusos em outra pastoral. O porta-voz do Vaticano desmentiu o jornal americano, afirmando que Ratzinger desconhecia o fato, assim como o porta-voz da arquidiocese de Munique alegou que cerca de mil memorandos chegam ali anualmente, sendo provável que Ratzinger não tenha lido a denúncia. O diário contra-atacou e a discussão continua. O que há de positivo nessa polêmica é que a cortina de sigilo que protegia a impunidade foi rompida, deixando entrar um pouco de luz numa zona de sombra da Igreja em várias partes do mundo. E, no Brasil, como está sendo tratada a questão? Relatórios atribuídos ao Vaticano revelam que cerca de 10% dos nossos padres estariam envolvidos em casos de má conduta sexual, o que só nos últimos três anos teria levado mais de 200 sacerdotes a recorrer a clínicas psicológicas da instituição. O fenômeno, porém, não se restringe ao ambiente religioso.
O Brasil é o país com maior incidência de crimes de pedofilia na internet, e o terceiro entre os que registram o maior índice de abusos sexuais de crianças e adolescentes. O senador Magno Malta, que preside a CPI Contra a Pedofilia, informa com base em pesquisas que, de cada dez casos, seis acontecem na própria família. E mais: "Enquanto o mercado do narcotráfico movimenta no mundo cerca de R$52 bilhões, o de crimes de pedofilia gira em torno de R$105 bilhões." Não adianta calar.
Armando Nogueira fez com a palavra o que alguns de seus geniais personagens, como Pelé e Garrincha, fizeram com a bola: uma obra de arte. Machadiano, ele transformou a crônica esportiva em gênero literário. Todos nós que vivemos do texto lhe somos devedores.
Fonte: Coluna - Zuenir Ventura
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ResponderExcluirA pedofilia (também chamada de paedophilia erotica ou pedosexualidade) é a perversão sexual,na qual a atração sexual de um indivíduo adulto ou adolescente está dirigida primariamente para crianças pré-púberes ou seja, antes da idade em que a criança entra na puberdade ou para crianças em puberdade precoce segundo o Dicionário Aurélio).
ResponderExcluirObservem que o próprio significado da palavra já dispensa comentários pois perveção sexual contra crianças é no minimo nojeto e deplorável.A biblía diz:"E por se multiplicar a iniquidade o amor de muitos esfriará."Quem irá proteger nossas crianças de tanta pervesidade se as pessoas que foram denominadas para cuida-las estão se pervertindo e deixando-as a mercê de mãos sanguinarias e crueis.
Existem duas formas de abuso sexual que os adultos estão praticando contra as crianças e os adolescentes indefesos: com contato físico ou sem contato físico. Nos dois casos, o adulto abusa do jovem para conseguir algum tipo de prazer ou satisfação interior.
* Com contato físico
Violência sexual: forçar relações sexuais, usando violência física ou fazendo ameaças verbais.
Exploração sexual de menores: pedir ou obrigar a criança ou o jovem a participar de atos sexuais em troca de dinheiro ou outra forma de pagamento.
*Sem contato físico
Assédio: falar sobre sexo de forma exageradamente vulgar.
As consequências de uma violência sexual praticada contra crianças e adolescentes podem ser físicas, psicológicas ou de comportamento, todas igualmente prejudiciais para quem sofre a violência.
Que os pais sejam sempre alertados e procurem aproximar mais dos filhos para protege-los dessa arma malígna que tem causado tanta indignação na sociedade.Que o povo de Deus esteja coberto com o sangue de Jesus para que tais práticas não venha contaminar o povo cristão
Ei Sômia e muito bom ver seus comentários inteligentes aqui em minha pagina. Sempre bem vinda querida! Que Deus lhe abençoe. Abraços
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